Apesar de pretensas propostas ou interesses — o Atl. Madrid foi, pela voz do presidente, o último a garantir tê-lo na mira caso falhe o ataque a Ricardo Quaresma —, o capitão encarnado está sereno. «Está cá a minha família, é o meu País. Para sair, teria de ser uma proposta boa para o Benfica e para todas as partes», sublinhou o 20 que tanto tem carregado a equipa às costas na última meia dúzia de anos. Afeiçoado à águia de tal forma que, após ter estado no aeroporto para embarcar para Liverpool há dois anos e tendo mesmo estado em Valência há um ano, se apercebe agora que o paraíso profissional até ao fim dos seus dias de jogador pode residir, afinal, na camisola que tanto tem prestigiado.Com «o mesmo peso» e reconhecendo que «os músculos estão cansados», que «existem algumas dores», mas frisando que os treinos «têm sido super divertidos», Simão abordou, em conferência de imprensa, primeiro com humor e depois com realismo, a recorrente cobiça que, ciclicamente, desperta junto de outros emblemas.
O presidente do Atlético de Madrid, Enrique Cerejo, confirmou que pensa em Simão se não conseguir contratar Ricardo Quaresma e, ontem, novamente o nome de Simão foi associado ao Liverpool.
«Falo com o Ricardo, mas nada sobre essa situação. O conhecimento que tenho do interesse do Atl. Madrid é apenas pelos jornais, a mim e ao clube não chegaram quaisquer outras propostas concretas», referiu, para além dos valencianos e dos ingleses do Liverpool.
«Apesar de ser sempre motivo de orgulho o interesse alheio, não me passa pela cabeça sair do Benfica nesta altura» foi o mote para uma análise mais ponderada. «Se houver propostas. Depende. Mas não estou a dizer que quero sair, teria, repito, de ser muito bom para o Benfica», juntou. E conclui: «Se já me passou pela cabeça acabar a carreira aqui? Claro! Porque não? Mas não sei se acabo a carreira em 2012. Ainda tenho alegria e muito para ganhar», concluiu quem se vê a vencer com a nova maglia rosa. «O símbolo está lá...»
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